terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Gestos Mecânicos XXI



Quando olho para um rosto conhecido, daqueles que se guarda uma memória contida, percebo que fico estranho. É como uma invasão da minha privacidade...um estupro. Não pelo outro, que nem se dá conta daquilo, mas pela sensação de castração que o rosto consegue impor a mim. Rosto como identidade, como poder, como construção ideológica. Rosto de terno e gravata e olhos azuis, rosto de salto alto, rosto no palanque.

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